Pontos Finais.


Todos os meus pretextos foram em vão. 

O sol se despedia e eu também, pela ultima vez. O meu maior medo agora enfim consumado. Havia um nó na garganta e eu relutava contra as lágrimas que insistiam tanto em cair. Meus passos eram pesados e a sensação era de que o chão me faltava. Tudo ficou em um absoluto silêncio, o caminho nunca pareceu tão longo. Passei pela portaria e entrei no elevador. Todas as pessoas que encontrei pelo caminho, pareciam olhar com curiosidade. Imaginei que talvez naquele momento ninguém poderia sofrer mais do que eu. Agora no elevador, eu poderia chorar, sem medo de ser pega em um momento tão frágil. Eu sei que talvez tenha exagerado e colocado um drama desnecessário, mas era assim que eu me sentia. Agora eu era feita de um caos sem fim. Apesar de chover aqui dentro, lá fora ainda fazia sol, as pessoas ainda tinham motivos maiores para sofrer, o chão não tinha fugido, meus passos ainda eram só passos que não tinham peso algum, o caminho até o portão era só de aproximadamente 30 passos. A única coisa que tinha mudado era que você não estava mais aqui. Eu não podia fazer nada a respeito disso, mesmo querendo muito, eu não tenho como querer por você. Sinto muito.

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